domingo, 3 de fevereiro de 2013

"Os olhos são a lâmpadas do corpo e a janela da alma."


CONCUPISCÊNCIA DOS OLHOS
I Jo 2.16

São as tentações que nos atacam de fora para dentro. A concupiscência dos olhos é a tendência a deixar-se cativar pela exibição externa das coisas, sem investigar os seus valores reais. A concupiscência dos olhos inclui o amor pela beleza separado do amor pela bondade.
William Barclay diz que a concupiscência dos olhos é o espirito que não pode ver nada sem desejá-lo. É o espirito que crê que a felicidade se encontra nas coisas que pode comprar com dinheiro e desfrutar com olhos.
A concupiscência dos olhos é a ostentação do espetáculo externo em nossa feira da vaidade. É a incapacidade de alguém ver algo sem desejá-lo para si mesmo como um símbolo de segurança. Mais, mais e mais!O ponto é que tentamos encher com coisas , pessoas e atividades o vazio que somente Deus pode preencher.
Os olhos são lâmpadas do corpo e as janelas da alma.
Por eles entram os desejos.
Eva caiu porque viu o fruto proibido.
Ló viu as campinas do Jordão e foi armando suas tendas para as bandas de Sodoma.
Síquém viu Diná e a seduziu.
A mulher de Potifar viu José e tentou deitar-se com ele.
Acã viu a capa babilônica e arruinou-se.
Davi viu Bate-Seba e adulterou com ela e a espada não se apartou da sua casa.
Cuidado com os seus olhos. Se eles fazem tropeçar, arranque-os, porque é melhor você entrar no céu caolho do que todo o seu corpo ser lançado no inferno.
Mas o primeiro grande mandamento de Deus já estabelece: "Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma, com toda a mente e com todas as forças" (Mc 12.30).
Quem deseja possuir, quem deseja adquirir os bens desta vida, está incapacitado de amar a Deus.
Porque os olhos de uma pessoa assim ficam saturados, voltados tão somente para as coisas terrenas: a riqueza, a economia... então, ela não consegue mais ver Deus em seu caminho.


A SOBERBA DA VIDA

A palavra grega que descreve soberba é alazoneia. Essa palavra só aparece novamente em Tg 4.16:
Mas agora vos gloriais em vossas presunções; toda a glória tal como esta é maligna.”

O soberbo é alazon. O alazon é um fanfarrão.

Na antiguidade, essa palavra era usada para descrever os charlatões que faziam propagandas de produtos falsos.
A soberba é como narcótico. É um falso moderador de humor, que estimula nossa auto imagem e um sedativo que anestesia uma aceitação honesta de nosso verdadeiro “eu”. A soberba produz uma alucinação ilusória (que produz ilusão) em nós mesmos. O seu “eu” está dobato pela superioridade.


A alazoneia, jactância (altivez, arrogância, ostentação) ou soberba é a vangloria com coisas externas como riquezas, posição social, inteligência, poder, beleza, joias, carros, vestiário. É a ostentação pretensiosa  E gosta de holofotes. É o desejo de brilhar ou de ofuscar os outros com uma vida luxuriosa. Há muitas pessoas que sacrificam a própria integridade para ostentar poder, posses e honras.
"Porque o dia do SENHOR dos Exércitos será contra todo o soberbo e altivo, e contra todo o que se exalta, para que seja abatido;" (Isaías 2 : 12)

AS CARACTERÍSTICA DO SOBERBO (ALAZON)

Também é o sentimento caracterizado pela pretensão de superioridade sobre as demais pessoas, levando a manifestações ostensivas de arrogância, por vezes sem fundamento algum em fatos ou variáveis reais; e o termo provém do latim superbia.
A soberba não é privilégio dos ricos. Os pobres também podem experimentar a soberba ao se considerarem especiais e buscando fingir serem o que não são. Não só através de bens materiais, pois muitas vezes a pessoa pode se sentir superior aos outros por acreditar que é o melhor no que faz, no que decide, na sua capacidade de resolver situações.
Enquanto o invejoso guarda tal sentimento para si, se remoendo internamente (talvez até com medo das denotações negativas que tal sentimento pode compor), o soberbo tende a se mostrar, pois está enamorado com a própria existência. O soberbo se sente auto-realizado (dentro dos conceitos propostos na pirâmide de Maslow), querendo mostrar-se para os outros a todo preço, querendo despertar a inveja e a admiração dos outros, como se isso elevasse sua estima ao máximo e lhe trouxesse prazer.

Melhor é ser humilde de espírito com os mansos, do que repartir o despojo com os soberbos." (Provérbios 16 : 19)


O soberbo quer superar sempre os outros, mas quando é superado, logo se deixa dominar pela inveja.
"É soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas," (I Timóteo 6 : 4)

Para o soberbo, ele deve sempre estar no topo, sendo o parâmetro mais alto para as pessoas, despertando interesse e curiosidade de todos. Quando é superado, logo o soberbo se sente ameaçado, atingido, sendo tomado pela inveja no sentido ruim, querendo depreciar os outros e vangloriar-se, sem que para isso se estruture para se superar ou até fazer uma avaliação da vida, dando-se em determinado momento por satisfeito.

"Assim diz o Senhor DEUS: Tira o diadema, e remove a coroa; esta não será a mesma; exalta ao humilde, e humilha ao soberbo." (Ezequiel 21 : 26)

A correção da soberba ocorre única e simplesmente por meio da humildade. É agindo com simplicidade que se consegue combater a soberba nas suas mais diversas formas, evitando a ostentação, contendo as vaidades e olhando o mundo não apenas a partir de si, mas principalmente ao “redor” de si. O soberbo vê o mundo começando a partir de si, enquanto o correto seria que ele olhasse ao redor, comparasse, analisasse e traçasse seu caminho individualmente, com virtude e solidariedade.


Mas algumas vezes também pode-se perceber que o excesso de humildade é sinal de uma soberba focada na inferioridade. Ou seja, o soberbo não aceita ser como a média, não aceita ser como os demais. Ele precisa se destacar dos outros sendo o "mais" "maior". Se não consegue ser o mais inteligente ele então desejará e será o mais ignorante, falando sobre isso o tempo todo para que, seu interlocutor ao ouvir a depreciação passe a elogiar o soberbo mesmo que seja por educação. Mas isso bastará ao soberbo que quer ser destacado dos outros que são medianos.

"Antes, ele dá maior graça. Portanto diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes." (Tiago 4 : 6)



CONCLUSÃO

"Aquele que se orienta por suas próprias idéias, tem um louco como
Mestre" – disse Ben Johnson. Há homem capazes de agir por suas
próprias idéias, mas nem por isso devem rejeitar o conselho de outros.
Mozzini escreveu: "Bom conselho é sem preço, não há dinheiro que
o pague". Mas um louco como Roboão, pode formalmente pedir
conselhos, mas procura na realidade apoiar-se nos seus próprios desejos
loucos. O poeta Hood disse: "Tentar aconselhar uma pessoa convencida
é tão inútil como assobiar contra o vento forte."
Se aceitarmos bons conselhos, enriqueceremos as nossas vidas com
a experiência dos outros e os bons resultados que a acompanham.

http://www.sfnet.com.br/~walter.pacheco/walter6.htm
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    http://pt.wikipedia.org/wiki/Soberba
    pt.wikipedia.