CONCUPISCÊNCIA DOS OLHOS
I
Jo 2.16
São
as tentações que nos atacam de fora para dentro. A concupiscência dos olhos é a tendência a deixar-se cativar pela exibição externa
das coisas, sem investigar os seus valores reais. A concupiscência dos olhos inclui o amor pela beleza separado do amor pela bondade.
William
Barclay diz que a concupiscência dos olhos é o espirito que não
pode ver nada sem desejá-lo. É o espirito que crê que a felicidade
se encontra nas coisas que pode comprar com dinheiro e desfrutar com
olhos.
A concupiscência dos olhos é a ostentação do espetáculo externo
em nossa feira da vaidade. É a incapacidade de alguém ver algo sem
desejá-lo para si mesmo como um símbolo de segurança. Mais, mais e
mais!O ponto é que tentamos encher com coisas , pessoas e atividades
o vazio que somente Deus pode preencher.
Os
olhos são lâmpadas do corpo e as janelas da alma.
Por
eles entram os desejos.
Eva
caiu porque viu o fruto proibido.
Ló
viu as campinas do Jordão e foi armando suas tendas para as bandas
de Sodoma.
Síquém
viu Diná e a seduziu.
A
mulher de Potifar viu José e tentou deitar-se com ele.
Acã
viu a capa babilônica e arruinou-se.
Davi
viu Bate-Seba e adulterou com ela e a espada não se apartou da sua
casa.
Cuidado
com os seus olhos. Se eles fazem tropeçar, arranque-os, porque é
melhor você entrar no céu caolho do que todo o seu corpo ser
lançado no inferno.
Mas
o primeiro grande mandamento de Deus já estabelece: "Ame o
Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma, com toda a
mente e com todas as forças" (Mc 12.30).
Quem deseja possuir, quem deseja adquirir os bens desta vida, está incapacitado de amar a Deus.
Porque os olhos de uma pessoa assim ficam saturados, voltados tão somente para as coisas terrenas: a riqueza, a economia... então, ela não consegue mais ver Deus em seu caminho.
Quem deseja possuir, quem deseja adquirir os bens desta vida, está incapacitado de amar a Deus.
Porque os olhos de uma pessoa assim ficam saturados, voltados tão somente para as coisas terrenas: a riqueza, a economia... então, ela não consegue mais ver Deus em seu caminho.
A
SOBERBA DA VIDA
A
palavra grega que descreve soberba é alazoneia. Essa
palavra só aparece novamente em Tg 4.16:
“Mas
agora vos gloriais em vossas presunções; toda a glória tal como
esta é maligna.”
O
soberbo é alazon.
O
alazon
é
um fanfarrão.
Na
antiguidade, essa palavra era usada para descrever os charlatões que
faziam propagandas de produtos falsos.
A
soberba é como narcótico. É um falso moderador de humor, que
estimula nossa auto imagem e um sedativo que anestesia uma aceitação
honesta de nosso verdadeiro “eu”.
A soberba produz uma alucinação ilusória (que
produz ilusão)
em nós mesmos. O seu “eu” está dobato pela superioridade.
A
alazoneia, jactância (altivez, arrogância, ostentação) ou soberba
é a vangloria com coisas externas como riquezas, posição social,
inteligência, poder, beleza, joias, carros, vestiário. É a
ostentação pretensiosa E gosta de holofotes. É o desejo de
brilhar ou de ofuscar os outros com uma vida luxuriosa. Há muitas
pessoas que sacrificam a própria integridade para ostentar poder,
posses e honras.
"Porque
o dia do SENHOR dos Exércitos será contra todo o soberbo e altivo,
e contra todo o que se exalta, para que seja abatido;" (Isaías
2 : 12)
AS CARACTERÍSTICA DO SOBERBO (ALAZON)
Também
é o sentimento
caracterizado pela pretensão de superioridade sobre as demais
pessoas, levando a manifestações ostensivas de arrogância, por
vezes sem fundamento algum em fatos ou variáveis reais; e o termo
provém do latim superbia.
A
soberba não é privilégio dos ricos. Os pobres também podem
experimentar a soberba ao se considerarem especiais e buscando fingir
serem o que não são. Não só através de bens materiais, pois
muitas vezes a pessoa pode se sentir superior aos outros por
acreditar que é o melhor no que faz, no que decide, na sua
capacidade de resolver situações.
Enquanto
o invejoso guarda tal sentimento para si, se remoendo internamente
(talvez até com medo das
denotações negativas que tal sentimento pode compor), o soberbo
tende a se mostrar, pois está enamorado com a própria existência.
O soberbo se sente auto-realizado (dentro dos conceitos propostos
na pirâmide de Maslow), querendo mostrar-se para os outros a
todo preço, querendo despertar a inveja e a admiração dos outros,
como se isso elevasse sua estima ao máximo e lhe trouxesse prazer.
“Melhor
é ser humilde de espírito com os mansos, do que repartir o despojo
com os soberbos." (Provérbios 16 : 19)
O
soberbo quer superar sempre os outros, mas quando é superado, logo
se deixa dominar pela inveja.
"É
soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de
palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins
suspeitas," (I Timóteo 6 : 4)
Para
o soberbo, ele deve sempre estar no topo, sendo o parâmetro mais
alto para as pessoas, despertando interesse e curiosidade de
todos. Quando é superado, logo o soberbo se sente ameaçado,
atingido, sendo tomado pela inveja no sentido ruim, querendo
depreciar os outros e vangloriar-se, sem que para isso se estruture
para se superar ou até fazer uma avaliação da vida, dando-se em
determinado momento por satisfeito.
"Assim
diz o Senhor DEUS: Tira o diadema, e remove a coroa; esta não será
a mesma; exalta ao humilde, e humilha ao soberbo."
(Ezequiel 21 : 26)
A
correção da soberba ocorre única e simplesmente por meio
da humildade. É agindo com simplicidade que se
consegue combater a soberba nas suas mais diversas formas, evitando a
ostentação, contendo as vaidades e olhando o mundo não
apenas a partir de si, mas principalmente ao “redor” de
si. O soberbo vê o mundo começando a partir de si, enquanto
o correto seria que ele olhasse ao redor, comparasse, analisasse e
traçasse seu caminho individualmente, com virtude e solidariedade.
Mas
algumas vezes também pode-se perceber que o excesso de humildade é
sinal de uma soberba focada na inferioridade. Ou seja, o soberbo não
aceita ser como a média, não aceita ser como os demais. Ele precisa
se destacar dos outros sendo o "mais" "maior". Se
não consegue ser o mais inteligente
ele
então desejará e será o mais ignorante,
falando
sobre isso o tempo todo para que, seu interlocutor ao ouvir a
depreciação passe a elogiar o soberbo mesmo que seja por educação.
Mas isso bastará ao soberbo que quer ser destacado dos outros que
são medianos.
"Antes,
ele dá maior graça. Portanto diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá
graça aos humildes." (Tiago 4 : 6)
CONCLUSÃO
"Aquele
que se orienta por suas próprias idéias, tem um louco como
Mestre"
– disse Ben Johnson. Há homem capazes de agir por suas
próprias
idéias, mas nem por isso devem rejeitar o conselho de outros.
Mozzini
escreveu: "Bom conselho é sem preço, não há dinheiro que
o
pague". Mas um louco como Roboão, pode formalmente pedir
conselhos,
mas procura na realidade apoiar-se nos seus próprios desejos
loucos.
O poeta Hood disse: "Tentar aconselhar uma pessoa convencida
é
tão inútil como assobiar contra o vento forte."
Se
aceitarmos bons conselhos, enriqueceremos as nossas vidas com
a
experiência dos outros e os bons resultados que a acompanham.
http://www.sfnet.com.br/~walter.pacheco/walter6.htm
EDGAR
HALLOCK; HERNANDES DIAS
pt.wikipedia.